Rio das Pedras parece ter passado pelo pico de casos do novo coronavírus (Covid-19) na semana entre 20 e 26 de julho. De acordo com os boletins epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria da Saúde, nesse período foram registrados 114 novos casos, enquanto que na semana anterior e na posterior 87 pacientes foram infectados em cada. Três semanas depois, o número de novos casos caiu para 56.
O número de casos subiu pouco a pouco desde a segunda semana de junho, quando ocorreram 27 novos casos. Em julho os casos quase dobraram entre a segunda e a terceira semana, passando de 47 para 87 novos casos. “Essa evolução também aponta o período em que mais fizemos testes na cidade. Contudo, a evolução do Covid em Rio das Pedras é muito semelhante ao que tem ocorrido em nossa região e acompanha a queda que está acontecendo no Brasil”, explica Filemon Silvano, secretário de Saúde.
Nesta quinta-feira (20), o boletim epidemiológico aponta que Rio das Pedras tem 71 pessoas com o vírus ativo, sendo 64 em isolamento domiciliar, quatro internados em enfermaria e três na UTI. Casos suspeitos somam 27, sendo 26 em isolamento domiciliar e um internado na enfermaria. Até o momento, 18 vidas rio-pedrenses foram perdidas para o Covid. Os casos recuperados chegaram a 600 pessoas.
Embora haja equilíbrio entre os sexos, as mulheres aparecem com sete casos a mais do que os homens. As faixas etárias mais afetadas são de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos, com 174 e 141 casos, respectivamente. Nos óbitos, foram dez homens e oito mulheres, cinco com idade entre 60 e 69 anos e seis entre 70 e 79.
A região com maior número de casos é a Sul, composta pelos bairros Lúcia Taranto Marrano (Nosso Teto), Luiz Massud Coury, Dona Rosina, Cambará, Jorge Coury, Dr. Raul Coury, Bom Jesus I e II. São 205 casos, sendo 181 já recuperados. No Centro está o menor número de casos, com 79 positivos e 70 já recuperados.
Investimentos – Rio das Pedras é a quarta cidade que mais investiu no combate ao Covid dentre as 26 que compõe o DRS-10 (Departamento Regional de Saúde) de Piracicaba. De acordo com levantamento feito pelo MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), até 13 de agosto a cidade investiu R$ 53,08 por habitante para enfrentar a pandemia.
O maior investimento foi de Corumbataí, com R$ 61,17 por habitante, quanto que Piracicaba teve o menor investimento: R$ 4,48. Águas de São Pedro, Capivari e Santa Cruz da Conceição não apresentaram dados ao MPSP.
“Atuamos em várias frentes, mas principalmente no teste de pacientes. O Governo do Estado disponibilizou pouco mais de 300 testes rápidos, mas realizamos cerca de 2 mil exames. Essa diferença foi comprada pela Prefeitura, com recursos próprios para testar a população. Também criamos uma tenda para triagem, disponibilizamos telefones para contato direto para denúncias de aglomerações e tirar dúvidas sobre o Covid, entre outras ações”, relatou Filemon Silvano.