Em busca de alternativas para captar água e abastecer Rio das Pedras, a Prefeitura – por meio do SAAE – convocou funcionários, incluindo prefeito, secretários, diretores, comissionados e outros voluntários para um mutirão com o propósito de instalar 11 quilômetros de tubulação entre a Fazenda Montebelo e o reservatório de água da Fazenda Viegas. A montagem está sendo feita por funcionários do SAAE.
A ação teve início no domingo (10) e seguiu durante o feriado prolongado. Os voluntários ajudaram a carregar 1.850 peças de tubos da sede operacional do SAAE em caminhões até a segunda represa da Montebelo. A tubulação, que estava na Fazenda Capuava (Saltinho), foi emprestada pela empresa Raízen, do grupo Cosan, que também disponibilizou duas motobombas, e o transporte feito por caminhões cedidos pelo empresário Kiko Merloto.
A expectativa da Prefeitura é transpor 20 mil litros de água por hora nesta segunda captação do Montebelo, atingindo a mesma quantidade obtida na primeira transposição.
De acordo com a administração municipal, todo o sistema de encanamento, junções e bombas cedidas à prefeitura pelo Grupo Raizen/ Cosan teria o custo de R$ 300 mil por mês em locação. Outra economia obtiva foi com os caminhões cedidos pelo empresário Kiko Merloto, que também disponibilizou 13 funcionários para auxiliar no carregamento e descarregamento dos equipamentos durante dois dias.
“Parte da tubulação já está entre a Montebelo e o Viegas, e as motobombas estão na garagem. Esses equipamentos ajudarão a buscar água bruta até represas distantes e trazermos para tratamento”, contou o prefeito Marcos Buzetto, que enalteceu o auxílio prestado pela Raízen/ Cosan. “Em nome da população de Rio das Pedras, agradeço aos diretores da Raízen e Cosan que atenderam ao chamado de nossa cidade, que está precisando de ajuda neste momento”, completou.
Mesmo com a transposição de água de mais um reservatório, a situação do abastecimento de água segue crítica. De acordo com a Prefeitura, as represas estão praticamente secas e o lençol freático em níveis tão baixos que alguns poços artesianos deixaram de produzir água, enquanto que os que se mantém fornecem apenas 30% de sua capacidade. “O momento é muito crítico, algo destacado pelo ARES-PCJ, ao ponto que, acabando o fornecimento nas 12 horas, nas outras 36 horas estamos correndo para buscar água e poder fornecer mais 12 horas. Chega dia que achamos que não vamos conseguir água para fornecer durante o período previsto. Se a chuva não vier para aumentar a vazão de nosso lençol freático e as represas não se recuperarem, em breve poderemos ter falta de água total. Por isso é importante não desperdiçar o pouco que temos de água”, finalizou Marcos Buzeto.