Desde que o bairro começou a ser habitado, os moradores do Jardim Ouro Fino convivem com animais de grande porte soltos pelas ruas. Bois, vacas e cavalos fazem a festa passando pelas casas. Comem o mato alto que a Prefeitura não corta, rasgam sacos de lixo em busca de alimento.
Em vídeos divulgados no grupo de moradores é possível ver um dos bois raspando o chifre no portão, riscando o ferro. “Na minha casa foi ‘só’ um portão. Depois entrou a casa do vizinho, que não tem portão. Poderia ter sido a janela da sala, poderia ter sido as crianças que ficam na rua”, afirmou o morador.
Moradores relatam já ter entrado em contato com a Guarda Civil Municipal, conforme orientação da Prefeitura para apreensão de animais de grande porte soltos pela cidade. A resposta é sempre a mesma: “dizem que entrarão em contato com o responsável pela apreensão dos animais, mas nunca vem alguém. Enquanto isso, os animais seguem fazendo estragos nas casas”, disse uma moradora. O problema é recorrente e a resposta é sempre a mesma, mas nenhuma equipe responsável da Prefeitura ou de empresa terceirizada vai ao local.
“O problema é que eles falam que vai mandar a empresa responsável buscar, mas que horas vai mandar? Se é que eles mandam mesmo. Isso só vai ser resolvido a hora que acontecer o pior, pois é quase bati em um boi uma vez de moto e hoje riscaram meu portão”, reclama o morador que teve o portão riscado.
Sem medidas efetivas por parte do poder público, outra moradora sugere uma medida mais drástica: “vão tomar providências quando machucar uma criança ou quando pegar um boi e fazer churrasco. Aí o dono aparece para brigar”. “O dono dos animais tem que tomar multa, tem que ter um lugar próprio para não deixar esses animais soltos. Alguma coisa tem que ser feita”, completou outra moradora.
Questionada, a Prefeitura não informou se de fato a empresa é acionada pela Guarda Civil Municipal ou se de fato não comparece para efetuar a apreensão dos animais. Também não respondeu se irá romper o contrato caso a empresa esteja descumprindo o contrato. Enquanto isso, os moradores seguem sem resposta e a mercê dos animais soltos.