A Guarda Civil Municipal (GCM) tem sido nômade nos últimos anos. A cada gestão, um novo endereço é definido. A corporação já teve sede na antiga estação da Fepasa, em um imóvel alugado próximo a Praça Décio Orestes Limongi (Praça da Concha Acústica) e atualmente está na Avenida Darwin do Amaral Viegas.
Nesta semana, surgiram informações de que a GCM estaria de mudança novamente. O novo endereço poderia ser um prédio industrial localizado no cruzamento Avenida Ademar de Barros com a Rua Quintino Bocaiúva. Uma comissão da Prefeitura esteve no local e recebeu a promessa do proprietário de adequar o prédio conforme as necessidades da corporação. O aluguel teria o valor aproximado de R$ 10 mil mensais.
O motivo da mudança é a necessidade da abertura de novas vagas de creche em Rio das Pedras. Há déficit de vagas para crianças de 0 a 5 anos na Rede Municipal de Ensino. A necessidade de buscar empregos por mães aumenta a fila a espera de uma vaga em creches.
O prédio que a Guarda Municipal está atualmente abrigava a escola Prof. Augusto Elias Salles. Contudo, o prédio foi condenado devido a problemas na fundação. Grandes rachaduras se abriram nas paredes, evidenciando o risco de queda.
Um novo prédio foi construído, junto ao Centro Educacional Raul Cesar Urbano (Poliesportivo), e a escola transferida de lugar.
Cerca de 10 anos depois, membros da GCM arregaçaram as mangas e se propuseram a recuperar o prédio. Costuras foram feitas nas paredes, concreto no pátio, pintura nova e muitas outras reformas. Adaptações, como a instalação da antena de rádio digital e da sala para armazenamento de armamento realizadas.
Muito foi feito por guardas municipais em horário de folga, por dedicação à corporação e à segurança pública de Rio das Pedras. Boa parte do material de construção utilizado foi recebida por doação de empresários do município.
A possibilidade de uma nova mudança traz desconforto e frustação para muitos guardas municipais. Não apenas para os guardas, uma vez que o Conselho Tutelar também teria que mudar de endereço. Outro importante setor que é constantemente jogado de um lado para o outro sem que seja fornecida a devida estrutura.
Questionados sobre o assunto, o Comando da Guarda Civil Municipal e a Secretaria da Educação afirmaram que ainda não há nenhuma definição.
Alex Calmon, jornalista