A vereadora Vanessa Botam fez a entrega de moções de congratulações e aplausos à Antony Matheus por seu desempenho no mountain bike, ao Projeto Canarinho pelo trabalho junto a jovens de 8 a 15 anos com aulas de futsal e às protetoras de animais Raisa Collegari, Marga Padoveze e Neusinha Sena. A solenidade aconteceu na noite de quarta-feira (17), no plenário da Câmara Municipal.
Antony Matheus Pimentel Luciano teve grande destaque em torneios de ciclismo em competições estaduais em 2023. Foi campeão paulista juvenil masculino de Mountain Bike Cross Country (XCO), organizado pela Federação Paulista de Ciclismo, vencendo quase todas as etapas válidas.
O atleta faz parte da equipe Terra Brasil Race Team/ Kaiowá Factory/ Proshock/ Grupo Tork/ Rio Garden Mall/ Pauluk Mechanic Cucle/ Biral Performance/ Kalangas TLC Eventos/ Be Curious Uniformes/ Spaço Casa & Construção. O foco de Antony desde ano também está no campeonato brasileiro da categoria.
“Gostaria de falar da dificuldade de ser atleta de ciclismo em nosso município, ainda mais na minha modalidade que é o Cross Country Olímpico, que necessita de uma pista específica para as competições e nosso município não tem. Isso torna um pouco mais difícil o transporte de todo o material e até mesmo dos atletas para municípios que têm pistas”, afirmou Antony Matheus.
O Clube Atlético Canarinho, ou Projeto Canarinho, representado por Markinho Moysés e Negociador Souza, recebeu homenagem pelo trabalho voluntário junto a crianças de 8 a 15 anos por meio de aulas de futsal gratuitas. O projeto existe há cerca de um ano e meio, com 16 troféus conquistados no período.
As aulas do Projeto Canarinho são ministradas por voluntários. De acordo com a propositura, o objetivo é formar cidadãos de bem e tirar crianças da rua.
“O projeto iniciou com o Tequinha, um bom jogador de futsal de Rio das Pedras, e nos chamou para apoiar. Devido a compromissos profissionais, ele precisou sair do projeto. Conversei com o Negociador para decidirmos o que fazer. Lembrei de todo incentivo que meu pai me dava para assistir jogos de futebol e sempre gostei. Já vi muito projeto começar e, em um ano, acabar, principalmente no Poliesportivo. Pessoas chegavam e começavam projetos por interesse e, quando chegavam determinadas épocas, abandonavam as crianças. Tenho dois filhos e, naquela época, doía muito na gente ver pessoas chegando e abandonado as crianças no meio do projeto. Conversei com o Cassiano e decidimos não parar. E estamos aí com muitas vitórias, algumas derrotas”, destacou Markynho Moysés.
O voluntário do esporte lembrou do início dos treinos. “Quando chegamos no Ginásio do Poliesportivo, o espaço está jogando, sendo utilizado por usuários de drogas e moradores de rua. Os próprios menos, alguns dos que estão no projeto, eram os que depredavam, quebravam vidros e jogavam pedra no telhado. E, hoje, se sentem donos do local. Quando veem alguém fazendo coisa errada no ginásio, eles vão na minha casa para me chamar e contar o que está acontecendo. Mais do que um projeto de futebol, essa molecada tem alguma coisa para fazer e sair do mundo errado que há aí fora”, completou Markynho Moysés.
Por fim, foi entregue a moção para três protetoras de animais em nome de todos que se dedicam à causa: Raisa Funes Collegari, Marga Padoveze e Neusinha Sena. Na sessão foi destacado que os voluntários atuam onde o poder público deveria estar presente e, para arcar com os custos, fazem arrecadação de alimentos e valores, além de recursos próprios, para custear tratamentos, medicamentos e cirurgias.
“Hoje somos em três, mas estamos representando muitos outros como o Caio Ferreira, a Glaucia Brancati, Val (marido da Marga) entre muitos outros que sempre ajudaram nesta caminhada. Pedimos ajuda do poder público para apoio para seguir nessa missão, que não é fácil. Precisamos urgente de um Centro de Zoonoses para abrigar, tratar e posteriormente doar os animais de rua. Se não fosse por nós e pela população que nos ajuda, esses animais estariam morrendo a mingua pelas ruas de Rio das Pedras”, esclareceu Raisa Collegari.
A atuação das protetoras vai além da doação de alimentos e procedimentos cirúrgicos, chega ao ponto de atender denúncias de maus tratos. “É preciso ter um programa eficiente de castração e vacinação, não apenas de raiva, mas de cinomose também. Hoje, apesar de ter o projeto de castração pela prefeitura, ele é muito burocrático, faz muitas exigências e muitas pessoas acabam desistindo no meio do processo, ou as vezes não é aprovado. Nós, como protetoras, não tivemos uma facilitação para conseguir levar os animais. Isso acaba resultando em cachorro que continua criando, sobrando filhote para nós doarmos e socorrermos. Por isso pedimos que o programa seja revisto. Além disso, pedimos o apoio efetivo da Guarda Municipal e Polícia na averiguação de denúncias de maus tratos nos dando amparo e proteção e punição aos responsáveis. Muitas vezes as pessoas nos ligam denunciando, nós vamos e lidamos com pessoas ignorantes ou usuários de drogas. Se a gente não levar para casa ou pedir um lar temporário, não tem onde colocar. Por isso precisamos de um Centro de Zoonoses ou Canil. Até nos animamos com o anúncio do Container Pet, mas ele não saiu do papel”, finalizou a protetora.
Ao final da cerimônia, a vereadora Vanessa Botam valorizou o trabalho de cada homenageado. “Como é bonito ver um menino representar o mountain bike em nossa cidade, mesmo sem ter um mínimo de estrutura necessária. Antony poderia estar muito além de aonde chegou, poderia estar em outro país, porque nós saber da capacidade dele”, enalteceu a dedicação de Antony Matheus.
A respeito do Projeto Canarinho, Vanessa BoTam afirmou que acompanha a luta do Negociador e Markinho do Poli junto ao Projeto Canarinho. “Há muitos anos o Markinho se dedica roçando e pintando o campo do Poliesportivo e nada da Prefeitura ajudar. Agora, com o Canarinho, espero que o poder público possa ajudar a todos os voluntários da cidade. Se não fossem eles, as crianças não estariam onde estão, se tornem pessoas de bem. E os pais não terão problemas com drogas, por exemplo, pois o esporte também educa e disciplina”, destacou Botam.
A vereadora também ressaltou o trabalho voluntário das protetoras de animais. “Nós cidadãos não imaginamos a quantidade de animais que as protetoras tratam por dia. Como a Raisa disse, elas precisam do respaldo da polícia, pois elas chegam em casas com denúncia e as vezes não são bem-vindas. E o animal está lá, morrendo. E elas sentem a necessidade de fazer algo. Elas não são funcionárias públicas, não ganham para isso”, contou.