O Dia Mundial de Combate ao Fumo e Dia Mundial sem Tabaco, celebrados no dia 31 de maio, são datas criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças – inclusive que podem levar à morte – relacionadas ao fumo.
A questão da Saúde sempre foi muito forte nos mandatos e trabalho do deputado estadual Rogério Nogueira. Por isso, criou o Projeto de Lei nº 791 de 2021, que pede a inclusão do cigarro eletrônico à lei já existente no Estado de São Paulo, que proíbe o fumo em locais coletivos, já que é um dispositivo mais atual, que justifica a alteração.
“A lei é um importante passo em defesa da saúde pública, afinal, com ou sem tabaco, o cigarro eletrônico possui substâncias nocivas. Mas, além da questão da saúde dos fumantes, cuja decisão é individual, também existe a necessidade de se respeitar as pessoas que estão no mesmo ambiente, expostas à fumaça dos dispositivos”, afirmou Rogério Nogueira.
A proposta do deputado estadual está em tramitação na Assembleia Legislativa (Alesp). “Estou certo de que todos, e também nosso governador Rodrigo Garcia, compreenderão sua importância”, completou Nogueira.
Doenças cardiovasculares – Mais moderno que o cigarro convencional, o vape, ou cigarro eletrônico, logo caiu no gosto dos jovens. Já em sua quarta geração no Brasil, o produto tem ganhado cada vez mais espaço nas festas, bares e restaurantes.
O aparelho que prometia segurança se mostrou capaz de levar jovens à morte de maneira muito mais rápida do que o cigarro tradicional. Uma consequência trágica que acontece por conta de partículas ultrafinas geradas pelo equipamento, que conseguem atingir a corrente sanguínea, fazendo o corpo reagir com uma inflamação.
De fato, o cigarro eletrônico contribui para o aumento dos casos das doenças do coração. Em países onde é comum o uso do vape há um crescente aumento de eventos cardiovasculares na população abaixo de 50 anos de idade.
Antes da pandemia de Covid-19, os Estados Unidos registraram 2.800 internações e 68 óbitos de jovens, 70% deles tinham menos de 34 anos de idade. Eles foram diagnosticados com a síndrome Evali (E-cigarette, or Vaping, product use-Associated Lung Injury), doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico.
Hoje sabe-se que a mistura que mais causa Evali é composta por vitamina E, THC (principal componente ativo da maconha) e nicotina. Em 30% dos usuários, a utilização somente da nicotina já foi capaz de causar a doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, já há estudos que indicam que os vapes podem levar substâncias cancerígenas para a bexiga, gerar disfunção endotelial, aumento do risco cardiovascular, além de piorar e desencadear asma brônquica.