Há duas semanas, a reportagem do jornal O Verdadeiro foi procurada por moradores do condomínio rural Santa Isabel, que tem cerca de 400 chácaras, com reclamações a respeito das condições das ruas. Com o território sendo a maior parte em Rio das Pedras, o distrito têm saídas em direção à área urbana rio-pedrense, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste. São cerca de 15 quilômetros até o Centro de Rio das Pedras.
“Só temos a saída pela Rua 1, que dá acesso a Usina São José. Tem pessoas que pessoas que seguem para outros sentidos para trabalhar, como para Batistada. Se for uma emergência médica, como uma parada cardiorrespiratória, a pessoa irá morrer. A outra saída, que seria pela Rua 9, não sobe carro, se chove escorrega. Já a saída da Rua 4, por onde passam os ônibus escolares, está horrível, não tem como passar carro”, conta o morador Antônio Mattos.
De acordo com moradores, nesta quinta-feira (16) foi preciso o uso de um trator para retirar um ônibus escolar que atolou no barro. “Ainda tem a ponte, que está para cair. Se ela cair de vez, ficaremos isolados, pois corta acesso da Rua 1 para a Rua 4. Logo não poderá mais passar os ônibus escolares e nossas crianças não irão mais para a escola”, completa Mattos. A ponte citada pelo morador desmoronou em fevereiro de 2022. No mesmo mês a Prefeitura fez reparos na passagem de veículos.
As reclamações têm sido constantes desde o início do ano, com as constantes e fortes chuvas castigando a região. “Os engenheiros da Prefeitura vieram, falaram que iriam cascalhar as ruas e tapar os buracos. Ficaram dois ou três dias e não continuaram por causa das chuvas.
Depois só passaram a máquina em alguns pontos, mas nada de cascalho, o que piorou a situação. Questionamos de novo e falaram que era isso que tinham a fazer, mas agora virou um lamaçal. Até o caminhão a serviço da Prefeitura ficou atolado esses dias”, relata Antônio Mattos.
“A estrada está péssima, sem condições. Buracos que não permite sair de casa direito, senão quebra amortecedor. A situação está insuportável”, disse o morador José Antônio Leme da Rocha há 15 dias e alertou sobre o risco dos ônibus escolares não passarem pelas ruas do bairro.
Outro lado
Até o fechamento desta edição o Departamento de Comunicação não respondeu a respeito da manutenção das ruas do bairro. Foi questionado sobre as melhorias que teriam sido feitas no local e se há riscos da interrupção do transporte escolar por conta dos problemas nas vias. Perguntado sobre a ponte que caiu após um ano de reparos, também não houve resposta.