Projeto cria a Semana Estadual de Conscientização e Orientação sobre o Vitiligo
O deputado estadual e vice-presidente da Alesp, Helinho Zanatta (Podemos), reuniu-se nesta semana com a influencer Maika Celi que, por meio de sua rede social, tem lutado pela causa do vitiligo, principalmente contra o preconceito. A partir dessa conversa, o deputado assumiu o compromisso e já de apresentou o projeto de lei que cria no Estado a Semana de Conscientização e Orientação sobre o Vitiligo.
Ao deputado, Maika explicou que criou o projeto “Vitiligo, meu lugar ao sol” no Facebook e “@vitiligo.meulugaraosol”, no Instagram. Foi também mentora da primeira lei de conscientização da doença no Brasil. Por ser portadora da doença e sendo vítima de assédio em 2016, tornou-se ativista da causa do vitiligo e compartilha sua experiência com outras mulheres, mostrando sua trajetória de autoaceitação.
Ela incentiva mulheres a conquistarem o seu espaço como protagonistas, mesmo sendo portadoras do vitiligo. Maika diz: “viver com a doença e sofrer da doença são coisas diferentes”. No seu Instagram, por exemplo, além de seus depoimentos, há relatos de outras mulheres que vivem com a doença, contando suas experiências a partir do momento em que descobrirem que estão com vitiligo.
Para fomentar, ampliar o seu projeto e atingir mais pessoas, Maika pediu ao deputado Helinho Zanatta a elaboração de projeto de lei criando a Semana Estadual de Conscientização e Orientação sobre o Vitiligo, envolvendo principalmente as pastas da Saúde e da Educação. Sensível ao problema, Helinho protocolou ontem (22) o projeto de lei.
Além de projeto, Helinho quer levar a discussão do vitiligo para a Alesp, promovendo uma audiência pública para ouvir os mais diferentes segmentos da sociedade sobre a doença para propor novos encaminhamentos. Segundo ele, num primeiro momento foi pensado em se envolver as pastas da Saúde e da Educação. Para o deputado, a questão do preconceito tem que ser combatida com ações propositivas. Ele enfatizou que ““mais e mais pessoas têm que saber que o vitiligo não é contagioso, não é transmitido num abraço, num aperto de mão ou numa troca de carinho”.
A Semana, como explicou o deputado, seria um momento no ano para ampliar a divulgação sobre a doença, de responsabilidade da Secretaria Estadual da Saúde, que mostraria a necessidade do diagnóstico precoce e onde o portador do vitiligo deve procurar ajudar especializada no Estado. No caso da Educação, Helinho entende que é muito importante as escolas terem pessoas preparadas e bem orientadas para que, ao receber um aluno (a) com o vitiligo, fazer o acolhimento dessa criança nesse ambiente escolar, evitando o preconceito e o bullying.
SAIBA MAIS
O vitiligo é uma doença crônica caracterizada por manchas brancas devido à perda do pigmento natural da pele, a melanina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, mais de um milhão de brasileiros convivem com a doença, e para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento, no dia 25 de junho foi instituído o Dia Mundial do Vitiligo.