Fracasso de público é a melhor expressão para demonstrar como foi o Carnaval 2025 em Rio das Pedras. A festa aconteceu entre os dias 1 e 4 de março. As bandas FarofAxé e Afropira se apresentaram no palco montado próximo a rotatória entre as avenidas Darwin do Amaral Viegas e dos Operários.
A baixa adesão mostra a tendência do Carnaval esvaziado na cidade, como de anos anteriores. Contudo, em nenhum a frequência dos foliões foi tão baixa. Na terça-feira (4) era possível contar nos dedos a quantidade de pessoas em frente ao palco.
A tradicional Banda do Bule, ou Banda Javalonso, também contou com poucas pessoas para brincar o Carnaval. A festa, que já deixou ruas lotadas no Centro de Rio das Pedras, contou com cerca de 50 pessoas acompanhando o carro de som.
Na terça-feira de Carnaval, durante o dia, em um vídeo postado nas redes sociais é possível ver barracas abertas sem ninguém na festa. Alguns barraqueiros chegaram a ir embora antes do final da programação montada pela Prefeitura.
“Os comerciantes não tem culpa, estão trabalhando. Eles tiveram custo de alvará, assistência social, de barraca e produtos e tiveram o maior prejuízo. Não tem nenhum comerciante feliz. Falta administração, falta planejamento”, disse Jhonny Casarin durante a gravação do vídeo.
“Carnaval bom foi anos atrás. Hoje em dia está cada vez mais difícil de se trabalhar. No primeiro dia foi que deu um movimento bom, mas nada comparado com os anos anteriores. Mesmo assim deu para vender um pouco. Já nos demais dias foi um pior que o outro. Tive muitos gastos com tenda de R$ 700, alvará de R$ 122, assistência social de R$ 100, fora as mercadorias, transporte e funcionários.
Também, não tinha atração conhecida, e durante o dia não teve nada. Normalmente Carnaval é o dia todo, esse ano só entrava a banda as 20 horas e parava as 22 horas, pouco tempo. Foi muito complicado”, disse a responsável por uma das barracas que pediu para não ser identificada para que não “fosse prejudicada nos próximos eventos promovidos pela Prefeitura”.
A comerciante finalizou reafirmando que alguns barraqueiros desmontaram seus equipamentos antes mesmo do último show. “Não tive lucro nenhum esse ano. Infelizmente sai devendo. Espero que nas próximas eles (Prefeitura) se organizem direto e façam uma festa melhor, por que a parte deles eles querem receber bem antes do dia da festa. Estou indignada com essa Prefeitura e o novo secretário que nem o telefone atende”, finaliza.
Além do gasto com a contratação dos shows, a Prefeitura investiu na instalação de palco, som, telão, gradil, banheiros químicos, além de destacar efetivo da Guarda Civil Municipal e ambulância com equipe de saúde.